EMAIL DE CONTATO

EQUIPE DE COMUNICAÇÃO DO XX CONGRESSO NACIONAL DO ECC: eccprudente2012@gmail.com


Curta a fan page do XX CONGRESSO NACIONAL DO ECC no Facebook.

Painel Dependência Química


Equipe de Comunicação do XX Congresso Nacional do ECC

            Você sabia que cerca de  99% dos casos de dependência química tem a família como principal causa do problema? Quem afirma esta triste realidade é o frei Carlos Antônio Tavares, coordenador geral da Fundação Frei Antonio Puglisi, de Uberlândia (MG), que atua na recuperação de dependentes químicos. O trabalho excepcional que tem sido exercido pela Fundação chamou a atenção da equipe do XX Congresso Nacional do ECC (Encontro de Casais com Cristo), que selecionou o projeto para ser apresentado durante o evento – que será realizado em Presidente Prudente nos dias 13, 14 e 15 de julho, no campus II da Unoeste – sob o título ‘Dependência Química’.
            De acordo com o frei, não existe uma única razão para usar drogas ou beber demais, “você faz porque quer, ou está muito estressado, ansioso, triste, alegre, ou só para curtir mesmo”. No entanto, a família tem exercido um papel de destaque neste cenário, seja o mau exemplo dos pais ou familiares, ou até mesmo a falta de atenção e ausência deles. “Pode ser o fato de o usuário possuir um problema familiar e acabar compensando-o nas drogas. Como também, pode ser o incentivo dos pais em casa, que acabam sendo muito liberais quando deveriam impor regras. Festinhas regadas a álcool hoje em dia são muito comuns”, alerta o frei.
            Em muitos casos, o início da dependência química parte das drogas lícitas, como o cigarro e o álcool, que atuam como um trampolim para as drogas ilícitas. “O problema é que seu corpo se adapta com a droga e precisa cada vez mais dela. O usuário acredita que pode parar a qualquer momento, porém, seu organismo torna-se dependente dela deixando-o ansioso e deprimido, sem saber o que fazer”, explica.
            Tem jeito - A boa notícia é que a própria família, culpada na maioria das vezes, também pode ser a grande porta de saída do mundo das drogas. “As famílias não estão preparadas para lidar com este tipo de problema, e quando elas ficam sabendo, o mundo desaba. Nosso trabalho está em levar conhecimento e informações às famílias, ajudando-as neste momento tão difícil”, diz o frei.  
            Segundo ele, com a ajuda de profissionais especializados, é possível buscar uma solução para o problema. No entanto, o usuário tem que aceitar espontaneamente a ajuda. “O dependente químico pedirá ajuda quando a dor que ele sente for maior que o alívio que a droga proporciona. É possível retomar o que realmente é importante para ele”, afirma.
Metodologia – A Fundação Antonio Puglisi é uma entidade sem fins lucrativos que nasceu em 1994. Ela é mantenedora da Comunidade Terapêutica Stella Maris, local onde são realizados os tratamentos. São atendidos apenas homens, a partir dos 18 anos, que acompanhados da família procuram a Fundação para pedir ajuda. “Fazemos uma triagem e, em alguns casos, o tratamento é ambulatorial, ou seja, o paciente é atendido em casa”, explica o frei.
Durante todo o processo, a família tem um papel muito importante na recuperação, participando de reuniões semanais em companhia do paciente. “Vale ressaltar que não são atendidos apenas pais e filhos, mas também, esposos, namorados, entre outros graus familiares”, ressalta. Todo o tratamento é acompanhado por psicólogos e psiquiatras.
São atendidos por vez 20 pacientes, isto quer dizer que, quando a comunidade está em seu limite de atendimento, um paciente precisa finalizar para que outro possa entrar. Desde o início dos trabalhos, em 1994, já foram atendidos cerca de 800 dependentes químicos. “Não há custos para o paciente. Temos oito funcionários e o apoio de cerca de 40 voluntários para a realização dos trabalhos”, esclarece o frei, que complementa dizendo que parte deste quadro de voluntários é composto por ex-atendidos.
            Serviço – Para mais informações, entre em contato com a Fundação Antonio Puglisi por meio do telefone (34) 3211-5431. 
Frei Carlos Antônio Tavares, coordenador geral da Fundação Frei Antonio Puglisi, de Uberlândia (MG)

FOTOS: Frei Carlos Antônio Tavares
Comunidade Terapêutica Stella Maris



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seu comentário foi enviado para aprovação.